quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

com ana, blues

ana nasceu de mim depois de dois anos de gestação. embora pareça que foi a gestação de um elefante, ana tem a leveza do vôo nos ossos. mas: de que adianta que ela tenha nascido com tanta força brutal e faminta, se com essa mesma força minha mãe esteja morrendo.
por favor ana, morra!
mas deixa que ela que é meu chão, minha base, meu alicerce viva por mais alguns tempos. só te peço para que eu possa mostrá-la o quanto a amo e a quero viva. pedir pra deus? deus tá matando minha mãe: deus bom, ele não existe. ele é cruel, é vil, maquiavélico. deus é um estuprador de virgens. deus é uma farsa. e enquanto ele estiver matando meu coração, eu quero que ele vá se fuder.

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